A Cidade do México foi palco de uma tragédia sem precedentes esta quarta-feira, 10 de setembro, quando um camião-cisterna de gás explodiu numa das autoestradas mais movimentadas da capital, junto ao viaduto de La Concordia. A violenta explosão provocou três mortos confirmados e deixou mais de 70 pessoas feridas, entre elas um bebé e uma criança de dois anos.
De acordo com as autoridades locais, o veículo transportava cerca de 50 mil litros de gasolina quando se despistou e capotou, desencadeando uma gigantesca explosão que rapidamente envolveu a zona em chamas. Pelo menos 30 veículos foram consumidos pelo fogo, enquanto 19 vítimas permanecem em estado grave, incluindo o motorista do camião.
A prefeita da capital, Clara Brugada, decretou o estado de emergência e deslocou-se ao local, descrevendo a situação como um “acidente horrível”. A governante confirmou ainda a abertura de uma investigação criminal, já que a empresa associada ao camião, Silza, não possuía seguro atualizado para o transporte de combustível. O Ministério do Ambiente do México revelou que a empresa tinha inclusive um pedido de seguro recusado recentemente.
As imagens que circulam nas redes sociais mostram o cenário de horror vivido pelos sobreviventes: pessoas em chamas a fugir, roupas coladas à pele e feridos a serem retirados de viaturas incineradas por civis que tentavam ajudar antes da chegada dos bombeiros e equipas médicas. Testemunhas relataram gritos de desespero e pânico generalizado.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, manifestou condolências às famílias das vítimas e agradeceu aos profissionais de emergência pelo esforço heróico. A autoestrada, que liga a Cidade do México a Puebla, foi entretanto reaberta, mas a tragédia deixou marcas profundas no país, levantando questões sobre falhas de fiscalização e segurança no transporte de combustíveis
